domingo, 9 de outubro de 2011

COITADO DO MENDIGO, LEVOU A CULPA

Este fato aconteceu lá pelos idos dos anos 80 no nordeste do Brasil, foi a primeira vez que fui evangelizar o nordeste, na rodoviária de Campina Grande, onde o nosso destino final seria uma cidadezinha bem no interior do sertão nordestino chamada Aroeiras, foi lá onde tudo começou... um dia eu conto no meu blog o começo de tudo.
Eu e  João Matos meu amigo por vários anos de missões e olha que viajamos muitas vezes juntos com a finalidade de levar ao povo nordestino a palavra de Deus, eu pelos meus cálculos só pro nordeste viajei mais de dez vezes, no Brasil e no exterior foram diversos os episódios vividos que no decorrer dos anos irei postando as experiências no meu blog.
Este fato verídico, se deu numa madrugada fria na rodoviária de Campina, quando descemos do pau de arara que pegamos lá em Arapiraca, Maceió confesso que foi a viajem mais esdrúxula de minha vida, neste dia paguei todos os meus pecados, o buzão que pegamos, tinha de tudo que se possa imaginar, parecia a arca de noé, nossa viajem foi acompanhada por galinhas caipiras, d'angola, até leitãozinho viajou com a gente; sacos de batatas e mandiocas enfim tinha de tudo, a cada parada a turma subia pesado com seus apetrechos. Enfim que viajem dos sonhos... dos pesadelos, e bota pesadelo nisso.
Desembarcamos da arca em Campina e quando fomos comprar o bilhete do próximo buzão, observamos que não tinha mais, só as 5 da manhã  do dia seguinte e agora o que fazer, olhamos um para o outro o caso é procurar um abrigo...
Como nosso recurso não era lá essas coisas, decidímos não gastar com pousada, nossa POUSADA, seria alí mesmo a rodoviária onde passaríamos a madrugada até o próximo ônibus.
Fomos conhecer o que de bom poderíamos desfrutar da tal rodoviária que seria nosso local de estadia por longas horas, chagamos a conclusão que nada de bom tinha pra desfrutar, na sobre loja da rodoviária tinha uns butecos, bodegas e lojinhas de apetrechos nordestinos, foi quando o estomago começou a da sinal de vida, João Matos decidiu então se arriscar a comer um "cachorro quente", olha o nome da propaganda que estava na carrocinha, "CACHORRO QUENTE DO MAU",foi igual a tentação do Eden, ele comeu e me deu um pedaço, e pior que eu caí na tentação. kkkkkkkkkkkkk
Não sabíamos o efeito estufa que o tal cachorro quente do mau iria produzir algumas horas depois, efeito bomba de Hiroshima, aguardem o final...
Guardamos nossas bagagens no guarda volume que nos deixou livres para transitar várias vezes pela rodoviária, que não demorou muito estávamos sem opção de escolha, não tinha mais nada para conhecer e a noite ainda só estava começando.
João Matos escalou logo um banco para fazer de cama, e eu olhando a cena daquele meu amigo parecendo um desamparado da vida, decidi não ficar alí  e ir ver o trabalho dos amigos do correios, pois nesta época também trabalhava nesta empresa só que no Rio de janeiro, foi fácil logo fazer amizade pois o povo nordestino é de uma hospitalidade fora do comum. Passei a noite alí, no CDD da rodoviária ajudando meus companheiros de profissão, então lá pela manhã fui ao encontro do meu amigo de viajem, quando retornei ao local onde ele passou a noite dormindo, feito um sem teto, encontrei-o morrendo de rir, e perguntei o motivo daquele riso descontrolado, foi quando ele me confessou o crime.
Lembra daquele cachorro quente do mau de ontem, sim respondi, ele ressuscitou,  a noite e começou a latir foi uma revolução dentro da barriga do João Matos, mas só que ele esqueceu que estava dormindo na rodoviária, e a turma no nordeste acordam muito cedo, eles madrugam na rodoviária para irem para sua cidadezinhas no sertão e João dormindo como se fosse sua cama em casa, COMEÇOU a soltar os gazes produzidos pelo cachorro do MAU, e era só estrondo de trovão, ele havia se cobrido com seu paletó, fez do paletó seu lençol cobrindo a cabeça e esqueceu da vida, e toma trovão, ele contou que soltou muito, quando ouviu o burburim da agitação do povão, descobriu o rosto vagarosamente e olhou uma massa humana ao seu redor, eita ferro era muita gente; foi quando percebeu que aos seus pés, também dormia um mendigo, num sono profundo! num salto João Matos se levantou e exclamou: SEU PORCO, imundo!!!,
 vai peidar em outro lugar, vai!... coitado do mendigo, virou BODE EXPIATÓRIO. KKKKKKKKK
Imaginem só a cena, foi muito cômico, só o João Matos!

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